A DIVERSIDADE DAS ORAÇÕES EUCARÍSTICAS DO RITO ROMANO: IMPULSO DA SACROSANCTUM CONCILIUM E FRUTO PRECIOSO DA REFORMA LITÚRGICA

Autores

  • Eduardo Nunes Pugliesi

Palavras-chave:

Liturgia, Sacrosanctum Concilium, Oração Eucarística/Anáfora, Missal Romano

Resumo

O presente artigo pretende apresentar brevemente a história da composição das chamadas “novas” Orações Eucarísticas “maiores”, ou seja, as anáforas II, III e IV do Missal Romano nascidas da reforma impulsionada pela Constituição Sacrosanctum Concilium do Concílio Vaticano II. Não se previu o acréscimo/criação de novas Orações Eucarísticas quando se começou o processo de reflexão acerca da reforma do Ordinário da Missa. No entanto, com as contribuições de teólogos peritos em matéria litúrgica – dentre os quais se destaca o beneditino Cipriano Vagaggini – os “limites” do Cânon Romano (única anáfora presente no Missal até a reforma) foram postos a descoberto. Não obstante a sua antiguidade e venerabilidade, esta Oração Eucarística possui uma estrutura “não linear” que, por isto mesmo, pode ocasionar qualquer entrave para a compreensão lógica da teologia eucarística através desta parte importante da lex orandi do Rito Romano. Assim, pelas vicissitudes históricas que procuramos explicar no artigo, chegou-se à conclusão de que dever-se-ia acrescentar novas anáforas para suprir esta lacuna, sem, é claro, descartar este precioso tesouro que é o Cânon Romano. Além dos aspectos históricos, o artigo procura demonstrar o proprium theologicum da sensibilidade romana no ato de cumprir o mandato do Senhor e fazer Eucaristia em sua memória (cf. 1Cor 11,24). Não passarão despercebidos ao leitor os traços mais característicos que compõem o perfil teológico de uma Oração Eucarística que expresse a peculiaridade do modus romano de celebrar a fé cristã.

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Publicado

05.12.2024