A imaginação, coletora e cultora do Verbo. Sobre a presença da imaginação hermenêutica no trabalho teológico

Abstract

Como pode a Revelação acessar o âmago das pessoas? Paul Ricoeur desenvolve uma teoria da imaginação que a considera, antropologicamente, como núcleo sintético das potências da pessoa (pensar, sentir, agir) e, epistemologicamente, como o a priori para todo conhecimento possível. Para ele, a Bíblia possui uma estrutura imaginativo-poética e sua leitura implica em uma imaginação hermenêutica, abrindo espaço para a consideração da imaginação no trabalho teológico. Nicolas Steeves, por sua vez, realiza uma teorização explícita sobre a natureza e a função da imaginação na teologia católica. Há entre o filósofo e o teólogo afinidades que permitem a consideração da imaginação hermenêutica como coletora e cultora do Verbo de Deus.